
Ela teria sido mantida em um cativeiro, com os punhos amarrados, por cerca de 24 horas, quando foi libertada pelos sequestradores. A Polícia Civil passou a desconfiar da versão da estudante Susan Paola Fadel Correia, 22 anos, porque os relatos não apresentavam características verossímeis.
"Ela dizia que um dos caras estava com uma meia-calça de mulher cobrindo o rosto. Isso é coisa de televisão, bandido não usa", afirmou o delegado Gilvandro Furtado à Folha.com.
Susan foi submetida à perícia, que não detectou vestígios de que tivesse ficado amarrada, como ela havia relatado. A estudante foi interrogada novamente e acabou confessando a armação.
"Ela disse que inventou a história porque tinha um trabalho para entregar na universidade e não havia mais como justificar se não apresentasse, já que no semestre passado ela também não entregou [o TCC]", explica o delegado.
Susan inventou a história porque estava com medo de que a mãe ficasse aborrecida. As duas já haviam brigado por conta da demora da estudante em concluir o TCC. “Ela não queria aborrecer a mãe porque no semestre passado ela havia ficado reprovada na universidade pelo mesmo motivo”, conta o delegado.
Em depoimento, Susan afirmou que durante o desaparecimento ficou hospedada na casa de um amigo. Ela, no entanto, alega que a pessoa que a abrigou e o casal que a levou para casa não têm participação na farsa. Tudo teria sido planejado por ela.
A estudante foi indiciada pela falsa comunicação de crime e liberada mediante compromisso de comparecer em audiência futura em um juizado criminal especial. A Faculdade Ipiranga, onde Susan estuda, informou que a situação acadêmica da estudante após o falso sequestro é sigilosa. As informações são do Correio.
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